terça-feira, 19 de maio de 2009

A Magia

A Magia Negra é evitada e temida, porque fazer Magia Negra é assumir inteira responsabilidade por suas ações, opções e eficiência. Uma vez que a Magia, seja ela Branca ou Negra, habilita o Iniciado (ou o Adepto) a influenciar ou mudar eventos de maneiras não compreendidas nem antecipadas pela sociedade. Para isso, o Iniciado (ou o Adepto, antes de contactar o Feiticeiro)precisa de desenvolver primeiro uma apreciação sadia e sofisticada pelas éticas que governam seus próprios motivos, decisões e acções antes de pô-las em prática. Usar magia por desejos impulsivos, triviais ou egoístas não é uma atitude sadia e sensata, podendo mesmo trazer consequências indesejadas. O Iniciado (ou o Adepto) deve tornar a sua segunda natureza e avaliar a sua vida quotidiana cuidadosamente, medindo as consequências do que realmente deseja fazer, e então escolher o caminho da sabedoria, da justiça e do aperfeiçoamento espiritual, para obter o que realmente deseja.

A Magia pode tanto ser operativa - para curar a doença de sua mãe, conseguir um emprego melhor, fortalecer sua memória, etc. - como pode ser Especulativa ou Iniciática. A primeira é uma Magia Prática para resolver problemas pontuais; A segunda refere-se a processos mágicos que visam habilitar e desempenhar o processo vitalício de Iniciação e transformam um simples Adepto Profano num Iniciado com uma visão diferente de Si e do Universo que o rodeia. São como os "ritos de passagem" de várias culturas primitivas e religiões convencionais, mas distinguem-se desses através de um importante factor: representam uma mudança individual, em vez de social. Trabalhos Iniciáticos representam dessa forma a realização da auto-deidificação, enquanto "ritos de passagem" sociais integram um indivíduo numa sociedade pré-formatada e formatadora dos indivíduos. Um "rito de passagem" comunicando passagem ao estado adulto afirma que o indivíduo envolvido está agora possuído de certa dignidade e responsabilidades. Um trabalho Iniciático desperta o indivíduo a certos poderes e responsabilidades individuais, os quais podem ou não ser usados em um contexto social.

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